No atual contexto da pandemia que gerou uma onda de redução de salários, o encerramento de vários negócios e consequentemente o desemprego será uma realidade. Por certo, os bancos com este mecanismo deixam de estar em stress e a liquidez do sistema não é posta em causa.
Fingimos que está tudo bem, mas na realidade é uma fatura que terá de ser paga. Segundo os dados do Banco de Portugal até 2021 o valor das moratórias poderá ascender os 13 mil milhões de euros.
Na minha opinião esta fatura que poderá não ser paga, irá ter consequências catastróficas no mercado imobiliário em 2022.
As famílias que não conseguirem pagar, irão perder as suas casas. Ao aumentar a oferta do mercado, em alguns segmentos os preços poderão baixar. Quanto? Não sabemos, tudo irá depender da procura versus oferta. Desse modo, será que não deveríamos aprender uma lição e mudar o paradigma em que estamos mergulhados?
Em suma, temos um mercado imobiliário alavancado no excesso de endividamento das famílias!